NINFEU
Trata-se de um pequeno monumento independente, consagrado às ninfas aquáticas, sem comunicação direta com as termas medicinais. Um templo simples, inspirado no habitat natural das ninfas: as grutas. Daí a forma semicircular e a semiesfera da meia cúpula que o cobria. Era aqui onde os aquistas vinham agradecer a cura e pagar as suas promessas.
Caracteriza-se por ser uma estrutura de planta retangular em opus caementicium, com cerca de 1,70m de profundidade. A água termal enche-o através de um orifício, existindo um outro que garante o escoamento do excesso de água. O remate do poço é constituído por blocos de granito de grão grosso decorados que lhe conferem o aspeto de um altar. A pedra de cabeceira tem duas cartelas sobrepostas por um tímpano triangular decorado com uma rosácea.
Entre os finais do século II e o início do século III, o complexo termal sofreu grandes obras de renovação, que ditaram o surgimento de novas infraestruturas, tais como, a piscina A , C e B e tanques adjacentes, uma grande palaestra (pátio para descanso) e um intrincado sistema hidráulico que inclui um reservatório (castellum aquae), várias condutas de escoamento (cloacae) e de abastecimento que ligam os pontos de captação às piscinas. Da fase anterior apenas vai permanecer o Ninfeu, com ligeiras alterações.
Nesta fase o templo dedicado às ninfas sofre algumas obras que elevam o piso original mediante a colocação de um lajeado em granito sobre o pavimento em opus signinum (betonilha impermeável).